1 – O meu conterrâneo Né de Janjão visitava João Pessoa pela primeira vez, no tempo dos bondes. Passava pelo Mercado Central quando comprou um cacho de bananas maçãs e foi pegar o tal bonde para Cruz das Armas. Para economizar, botou as bananas nos bolsos da calça e da camisa, já que o veículo estava vazio. Acontece que, pouco a pouco, foi entrando passageiro, até deixar o bonde lotado. Agoniado e no imprensão, as bananas foram se machucando e Né começou a puxá-las dos bolsos, jogando-as fora. De tanto amasso e de tanto jogar as bananas fora, botou as mãos na sua parte traseira e segurou o que julgava um cacho. Foi quando o passageiro que ia às suas costas bateu no seu ombro e avisou:

-Pode soltar meu pau que eu vou descer aqui…

2 – Quando o jornalista J era mais jovem, costumava pular cercas das mais variadas alturas. E quando do outro lado da cerca estava uma mulher casada, então J ficava doido, inhêta, virado num bode pai de chiqueiro.
Certa noite estava ele no bem-bom, fungando no cangote de uma respeitável senhora, quando bateram na porta. Era o marido. J saiu feito doido, pegou as roupas jogadas no chão e pulou a porta da cozinha, ainda nu, deixando para se vestir quando a vista já não alcançava mais a casa do Cordão Encarnado, onde ele estava com a dita mulher.

Refeito do susto, rumou para casa, entrou assobiando, foi para o quarto, tirou a camisa, tirou a calça e, sempre assobiando, preparava-se para entrar no banheiro quando sua mulher, reclamou lá de longe, da cama:

-Deu agora pra vestir calcinha de mulher, foi?

3 – Prova de amor quem deu mesmo foi o jornalista B, durante uma festa realizada no teatro Lima Penante: mandou a namorada mijar num copo e bebeu o mijo sem fazer careta.
E olhem que naquele tempo ainda não se falava nas serventias medicinais da urina!

4 – Eu morava na Rua do Cancão e tinha como companheiros de aventuras Zé Lambreta, Teté Passarinho, Zé de Rosa e Goguinha. Não cultivávamos o saudável hábito de capacitar donzelas para a vida despranaviada, nos conformando com as sobras ou com os chumbregos furtivos consentidos por Luluzinha, galega que nos insultava no escurinho do cinema, permitindo que passássemos as mãos nas suas partes íntimas enquanto a fita de Tarzan enchia as vistas dos outros.

Me lembro que certa noite, depois de um trabalho danado, consegui abrir os botões laterais do seu vestido e já enfiava feliz a minha mão em busca de outros mundos misteriosos quando segurei um dedo. Puxei-o e vi que estava pregado a uma mão que havia entrado pelo outro lado. A mão de Zé Lambreta, que naquela noite havia “alugado” a banda direita da caridosa mulher.

5 – De todas as grandes damas daquele tempo, porém, a que mais conquistava os moços e alguns velhos enxeridos era, sem dúvida, a burra Veneza. Fogosa, morava nos capinzais do açude velho e quando avistava algum pretendente, não se fazia de rogada: Escorava numa pedra, levantava o rabo e deixava o amor acontecer. Certa vez Ubaldo se emocionou tanto fazendo amor com Veneza que quis beijá-la na boca. Só não beijou porque ela se recusou a lhe oferecer a língua.

6 – Doutor Toinho estava no seu consultório quando entrou uma mulher, com ar preocupado, dizendo que tinha ido lá receitar o filho, que estava “com duença de mulher”.

-Doença de mulher?! – interessou-se Toinho, já pensando em descobrir alguma coisa nova na medicina, capaz de torná-lo famoso em nível nacional.

Ao pedir mais detalhes da doença, viu a mulher abrir a porta do consultório e gritar para seu “menino” de 20 anos:

-Neném, como é mesmo aquilo que tu tem? Quando tu goza num goipa, ou quando tu goipa num goza?

7 – Miguezim Lucena, meu irmão, no tempo em que vivia agitando nos movimentos populares, foi participar de um congresso e, no intervalo, resolveu tomar umas melopréias, que ninguém é de ferro. Uma moça aproximou-se e, antes de Miguezim começar a se enxerir, ela foi logo lhe patrulhando:

-Qual a sua posição?

-Depende do seu gosto, respondeu, na bucha, o caçula dos Lucena.

8 – Frei M rezava a missa, e pediu para que levantassem a mão os fiéis que desejassem ir ao Céu quando morressem.

Todos levantaram a mão, menos João Caiti, que havia tomado 15 pitiangas na bodega de Zé de Alvelino. Intrigado, Frei Mariano indagou:

-E você, meu filho, não quer ir pro céu quando morrer?

-Desculpe, Frei, eu pensei que essa carrada ia era agora.

9 – O Jornalista Toinho Vicente tomou uma carraspana meio pesada e perdeu-se num beco sem saída existente no Mercado Central. Desnorteado, começou a fazer o caminho de volta quando avistou um bêbado caminhando em sua direção.

-Quem vem lá? – indagou o destemido piancoense. O outro respondeu:

-É a puta que o pariu!”

Então Toinho, fazendo pose respeitosa, estirou-lhe a mão e pediu:

-A benção, mamãe!

10 – Na campanha para mais um mandato, o vereador A B prometeu para seus eleitores o seguinte:

-Meus amigos, por causa da seca vocês hoje estão comendo numa “cuínha” . Mas se eu for eleito, garanto que vão comer num “cuião”.

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Tadeu Florencio, Manoel Arnóbio, Luciano Arroz, Carlos Eduardo Pata Choca, Totonho Nominando, Alisson Filgueiras, Clodoaldo Araújo, Newton Arnaud, Marco Antonio Gouveia de Morais, Chico Pinto, Edmilson e Miguel Lucena, Edson Vidigal pai e Edson Vidigal Filho, Herbert Fitipaldi, Mário Gomes Filho, Diego Lima, Lenilson Guedes, Linaldo Guedes, João Costa, Ricardo Coutinho, Amanda Rodrigues, Maurilio Batista, Cícero Lucena, Sales Gaudêncio, Sales Fernandes, Gutemberg Cardoso, Antonio Malvino, Toinho Medeiros, João Queiroz, Gilberto Carneiro, Chico Ferreira e Ulisses Barbosa.

12 – Antonio Boca de Bacia, candidato a vereador em Cajazeiras, recebeu a visita de um eleitor que, mesmo antes de dar bom dia, foi logo pedindo:

-Seu Antonio, me arranje um dinheirinho pra eu interá o leite dos minino!

Aí Antonio, sem pensar duas vezes, sugeriu:

-Intére com água.”