PORQUE HOJE É SÁBADO

1 – Sebastião Barbosa, o nosso Barbosinha, sempre foi chique, sempre pensou grande. Num tempo em que jornalista vivia na maior pindaíba, costumava encher sua casa de amigos para oferecer churrascos. Uma vez ofereceu carne assada e bebida para mais de cem pessoas numa chácara que comprou no Conde com dinheiro da venda de livro. Sim, ele também foi o único aqui na Paraíba a ganhar dinheiro com venda de livros.

Tão chique que, no dizer de Miguelzinho, em vez de escolher a Paraíba para morrer, escolheu o estrangeiro. Morreu em Santiago do Chile, terra dos bons vinhos e da neve farta, se despedindo em portunhol.

2 – A mesma sorte não teve o ciclista atropelado, que ainda ontem à noite rodava num carro do IML para cima e para baixo, enquanto seus parentes clamavam a quem de direito pela devolução do corpo para o velório e enterro.

3 – O presidente da Famup garante que os prefeitos “cortaram na carne “ para pagar o décimo terceiro aos funcionários. Precisava disso não. Bastava não fazerem festas milionárias, contratando cantores famosos a custo de enormes cachês, que o dinheiro daria para pagar o décimo terceiro, o décimo quarto e o décimo quinto. E ainda sobrava.

4 – O Ministério da Agricultura informa oficialmente que o preço da carne caiu para o consumidor. Deve estar se referindo ao consumidor lá de Brasília, porque aqui na Paraíba não caiu nem uma peinha.

5 – Passei na tarimba do peixe e avistei enormes traíras. O homem insistiu para eu comprar, mas eu lhe respondi: “Não como mais. Dá caganeira, nó nas tripas e tem muita espinha, além de ser um bicho muito traiçoeiro”.

6 – Segundo meu amigo Piancó, para acabar com o perigo iminente de guerra e resolver o problema do Brasil, basta o povo do Iatolá dar um tiro nos ovos de Donald Trump.

7 – Hoje , a partir das 11:30 horas, o Poder e Notícia da Rádio Princesa, apresentado por Júnior Duarte, abordará o legado do ex-deputado Aloysio Pereira. Programa imperdível. Eu mesmo não perderei. Aloysio foi um exemplo de coerência, honestidade, coragem e amor ao torrão natal.

8 – O governador João Azevedo vai anunciar o seu programa de Governo para 2020. Certamente anunciará novas obras. Vamos aguardar. Nesta segunda.

9 – Essa celeuma toda em torno do papa, fez o grande Dida Fialho desabafar: “O papa arrota, ronca, ri, chora, tem azia, má digestão, é argentino, tem sangue latino”. E arremata: “Bando de besta!”

10 – Faltou dizer que o papa também tira catôta da venta e come.

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Marcos Pinto de Morais, Alexandre de Marluce, Assis Andrade, Fernando Caldeira, Cicero Lima, João Tomé Carmurça, Mário Gomes Filho, Herbert Fitipaldi, Flávio Lúcio, Diego Lima, Josinato Gomes, Chico Franca, Frutuoso Chaves, Gonzaga Rodrigues, Bessanger Abrantes, Gervásio Maia Filho, Zebedeu de Solânea, Edilane Araújo, Acires Marchini, Francisco Ferreira, Neuman Lins e Marcos Maivado Marinho.

12 – Reinou democracia na festa promovida em certa casa de show em dias desta semana. O acontecimento ainda hoje é comentado em rodas de jornalistas e de fuxicos esquinais, em razão do grande número de comensais que fez fila nos salões dourados devorando pastéis, rabos de tatus, empadinhas, coxinhas de galinha, salpicão de frango, estrogonofe e farofa.

O cerimonial do evento controlou a porta principal do salão, mas permitiu que a turma invadisse a área pelas laterais, de modo que o local ficou super lotado, fazendo com que gente mais esperta tirasse bundão nos traseiros que se apinhavam na sua frente.

Como a comida não dava para quem queria, sofreram os garçons. Quando um deles aparecia com a respectiva bandeja contendo as iguarias da festa, a turma corria de mãos levantadas, derrubando cadeiras, mesas, pratos, pires, colheres, garfos e guardanapos.

Uma jornalista foi vista enterrando pastéis nos cóis da calça, dizendo que era para comer mais tarde com caldo de cana.

Num desses empurra-empurra, a bandeja despencou das mãos do garçom e uma coxinha de galinha entrou pelo decote de uma moça, que começou a gritar, pedindo ajuda para tirar de dentro dela aquele pedaço roliço de comida. Um amiguinho, todo prestativo, enfiou a mão por dentro da blusa da moça e depois de certa procura, agarrou algo redondo e gritou:

-Encontrei!

 Mas a moça o desmentiu, avisando:

-Isso aí é o bico do meu peito

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