PORQUE HOJE É SÁBADO

1 – Acabei de acordar. E depois de sonhar várias horas seguidas, conclui  que o sonho tem tudo a ver com Zé Limeira. Senão vejamos: No sonho eu estava no Centro Administrativo esperando Dona Cacilda, que trabalhava numa determinada Secretaria. Era noite e eu fui mijar no banheiro dos homens. Lá no banheiro estavam as duas moças da limpeza. Entrei assim mesmo, pedi licença, puxei a gloriosa e, de costas pra elas, iniciei a labuta. Elas nem ligaram. Ao contrário, pegaram a conversar com outros que chegaram e também fizeram o mesmo que eu. Só que de repente uma delas estava só de calcinha e sutian sentada em cima de um visitante. Quando me virei por completo, já me encontrava num lugar cheio de gente falando mal do Bairro  13 de Maio. E minha falação ganhava o imediato apoio de Pedro Macedo Marinho, que entrou no sonho sem ficha e já dizia porque me apoiava: “Eu tenho uma granja no 13 de Maio e fui dizer o meu pensamento e a vizinha disse que meu pensamento não tinha nada a ver com Orlando nos Estados Unidos. Aí eu, para ficar do lado de Pedro e contra a vizinha dele, arrematei: “E o que diabo uma baleia foi fazer em Orlando?”

É ou não é um verso de Zé Limeira?

2 – O lockdown de João Pessoa está furado. Aliás, furado está o lockdown da região metropolitana. O trânsito está como nunca. E tem mais uma coisa: o que  tem a ver recolher carros e motos com emplacamento atrasado? É lockdown ou blitz de trânsito? O certo seria colocar barreiras para impedir as andanças de quem não tinha nada melhor para fazer e foi pras ruas e não botar o olhar pidão do guarda em cima de motoqueiros e motoristas que por um motivo ou por outro atrasaram o emplacamento de seus veículos.

3 – O gênio que orientou o presidento a atrasar a divulgação dos boletins do corona para depois do Jornal Nacional esqueceu que a Globo ganha mais audiência com as suas edições extraordinárias do que com o Jornal Nacional propriamente dito. O que aconteceu ontem foi um estouro. Um verdadeiro pipoco. Sem contar que mais esse ato do presidento nos fez concluir que ele não está regulando bem.

4 – Estou vendo ajudas do Governo para empresários, para agropecuaristas, para comerciantes, para artistas e para desempregados, mas ninguém ainda se coçou para ajudar as putas, as quengas, as sacrificadas moças que se postam nas esquinas da vida oferecendo o bem mais precioso delas que é o corpo em troca de minguados reais. Sem poder sair, sem poder coisar, elas devem estar passando o maior sufoco. Ajudem as quengas, elas também são filhas de Deus!

5 – Esses que desdenham do Covid, da quarentena e de outras providências recomendadas pela banda séria do governo, deveriam conversar com meu amigo Mário, que em duas semanas perdeu o irmão e o pai, assim mesmo, nessa sequência. Primeiro morreu o irmão mais novo, depois o pai de ambos que pegou com o irmão. Conversem e criem vergonha nessas caras lavadas de cinismo e de irresponsabilidade.

6 – Os Estados no Nordeste foram, em grupo, ao STF para o restabelecimento dos recursos do Bolsa Família desviados pelo Governo Federal para a Secom fazer publicidade. Mas os coleguinhas da mídia tupiniquim, movidos por épico e grandioso patriotismo estatal, disseram que quem foi ao Supremo foi a Paraíba, assim, de forma isolada, heróica  e guerreira, mulher macho sim senhor.

7 – O deputado Eduardo Carneiro é um rompedor contumaz. Usa o governo que eventualmente apóia e depois rompe anunciando bombas. Fez isso com Ricardo Coutinho, fez isso com João Azevedo e agora faz com Luciano Cartaxo. Só que as bombas prometidas nunca aparecem. E quando aparecem não explodem, apenas bufam silenciosas e murchas como bufas de velho.

8 – Alguém divulgou por aí que a praça da alimentação do Mercado da Torre esteve cheia esta semana. Duvido muito, mas não posso afirmar que sim nem que não pela impossibilidade de presenciar pessoalmente o fenômeno. Vou aguardar o veredito do amigo Basinho, observador oficial do blog. E o que ele disser será endossado por mim, pois Basinho, além de afirmar com segurança e firmeza, o faz em versos.

9 – Esta semana foi dose cavalar. Além de Seu Mário, também se foi o companheiro de inesquecíveis tertúlias etílicas, o velho Duda do Funcionários II, figura altamente considerada por mim e pelos guerreiros do Bar de Renato, que a cada dia diminui de tamanho tanto no plano geográfico quanto no plano sentimental.

10 – Princesa e Bananeiras, duas cidades bem cuidadas, tão bem cuidadas que, apesar do surgimento do mardito, até agora não registraram nenhum óbito. As pessoas acometidas estão se recuperando e tomara que esse quadro não mude.

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Ana Paula (radialista), Eduarda Duda (idem), Manoel Raposo (aniversariante da semana), João Tomé Camurça, Aristeu Chaves, Manoelito Freire, Antonio Quirino, Leonardo Alves,  Iedo Ferreira, Rivelino de Cajazeiras, Flávio Sátyro Filho, Joelma Muniz, Flaviano Quinto, Clilson Júnior, Delano Marçal, Efigenio Moura e João do Bar.

12 – Esta eu pesquei de Marcos Pires:

Num determinado momento de sua exitosa vida profissional , Anacleto Reinaldo trabalhava num estúdio de rádio que tinha um vidro onde os locutores eram vistos por quem passava e viam todos também. Num dia qualquer uma moça entrou no estúdio com uma garotinha e disse que estava lá para reclamar do pai da criança que não pagava a pensão alimentícia. Anacleto tomou as dores e depois de saber que o fulano era militar em Bayeux lascou:”- Fulano, cabra safado , xerém de porco, focinho de rato( e despejou sua famosa artilharia verbal até o fim)…, não tenho medo de soldado não, pague a pensão  dessa criança cuja mãe, uma senhora bondosa e decente, do lar, está aqui aos prantos”. Terminado o programa todos foram pra casa. Dia seguinte Anacleto estava no ar quando viu chegando um militar vestido com aquelas roupas de combate do Exército , identificação de Tenente fulano no peito, 45 no quadril e sentiu a pancada do bombo. Tão logo o militar abriu a porta do estúdio , ainda com a mão na maçaneta , meu querido amigo interrompeu o que estava falando: “- E atenção, acaba de adentrar o estúdio o GENERAL fulano, que ontem foi covardemente atacado aqui no programa por uma marafona, uma meretriz, uma qualquer , em sua sagrada honra. Meu general , aqui estaremos sempre a serviço da pátria “. O tenente não disse nada, saiu do estúdio calmamente e Anacleto voltou ao assunto que interrompera.

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