1 – O prefeito Luciano Cartaxo inicia, semana que vem, a flexibilização para shows e eventos que reúnem pessoas num mesmo espaço. Isso é de causar espanto porque estamos encarando a volta do Covid, desta vez mais matador e cruel. Para satisfazer os empresários do ramo de turismo o prefeito abre a cancela para o vírus, que retorna mais matador do que nunca.
Aliás, a Fundação Oswaldo Cruz enviou recomendação ao prefeito para ele suspender a propalada flexibilização.
2 – O amigo Zé Alan me manda de Sousa um vídeo com a multidão aplaudindo Fábio Tayrone, candidato à reeleição. Isso seria muito ótimo demais se estivéssemos vivendo um tempo normal. Mas aquela multidão, sem máscara, aplaudindo o seu líder, igualmente sem máscara, pode chegar ao dia 15 sem poder votar, arriada numa cama, com a bunda pra cima e entubada. Fica a dica.
3 – Segundo o presidente Carlos Lupi, o casal Feliciano (Damião e Ligia) não estaria mais ao lado de João Azevedo em 2022. Só para lembrar, Ligia é a atual vice-governadora e eventual substituta de João em qualquer impedimento do titular.
4 – Ontem andei pela feira de Bananeiras. Os feirantes estavam usando máscara, os fregueses nem tanto. O povo do interior abandonou as precauções. Na padaria a moça atende sem máscara, fui comprar um produto no Bairro da Torre e o comerciante estava sem máscara, o filho dele também sem e a nora, que preenchia a nota fiscal, idem.
5 – Mas deixemos esses assuntos para lá e falemos de coisas alegres. De eleição de antigamente, por exemplo.
Contam que em uma das acirradas campanhas políticas municipais, em Patos, o grupo liderado pelo ex-governador Ernani Sátyro perdeu as eleições.
Deitado em sua rede, na varanda de casa, onde recebia os amigos, Ernani Sátyro foi abordado por um correligionário que, sabendo da derrota do grupo, tentou animá-lo:
– Dr. Ernani, nós perdemos mas perdemos BONITO!
No que Ernani Sátyro, com seu vozeirão, reclamou:
– Amigo velho, pare logo com isso, viu??? Porque nem existe vitória feia, nem existe derrota bonita, entendeu???
6 – O ministro José Américo de Almeida foi participar de algumas solenidades de inauguração no município de Antenor Navarro. A cidade inteira preparou-se para recebê-lo. Ruas com bandeirolas, a banda de música tocando, e o povo cercando o governador, sem deixá-lo andar. O prefeito Alexandre ficou impressionado, e lembrou:
– Governador, está na hora de inaugurar o sumitério.
– Não é sumitério, Alexandre. Diga cemitério – alertou o ministro.
– Isso é pro sinhô que istudô em suminário.
7 – Saía João Agripino do Palácio, pela garagem, quando avistou um diretor de uma empresa de economia mista entrar no carro oficial, suntuosamente sentado no banco traseiro.
Virando-se para o secretário Juarez Farias, Agripino comentou:
– Juarez, quando você vê alguém pomposo dessa maneira, pode ficar certo disso: o carro é mais importante do que o cargo que ocupa.
8 – Quando era prefeito de Campina Grande, Severino Cabral resolveu instalar um telex na Prefeitura. Foi pedir ao governador Pedro Gondim o financiamento necessário. Pedro ponderou, mostrando que não podia atendê-lo, pois todos os prefeitos, a partir daí, também fariam esse mesmo pedido. Sugeriu que tentasse com o presidente da República. Severino foi a Brasília falar com Juscelino, então presidente, que usou o mesmo argumento de Pedro. Como o prefeito insistia, concordou em dar uma ajuda através da Agência Nacional, mas perguntou qual seria a participação da Prefeitura.
– Eu dou o terreno, Presidente!
9 – Wilson Braga encontrava-se no gabinete do senador Marcondes Gadelha, em Brasília, que recepcionava, na ocasião, o paleontólogo francês Monsieur Joseph, recém chegado ao Brasil para estudar as pegadas dos dinossauros em Sousa.
Chamado às pressas ao plenário, Marcondes deixou Wilson fazendo sala para o visitante, quando por lá apareceu um senador paulista. Braga apresentou o visitante ao político:
– Aqui é o Monsieur… o Monsieur… aí não lembrando mais o nome do dito cujo, completou: – O Monsieur Dinossauro!
10 – Rui Carneiro, patriarca do PSD da Paraíba e senador do MDB, não faltava ano nenhum à Procissão de Santo Antonio, em Piancó. E pegava na frente o andor do padroeiro. Um ano qualquer, o deputado Antonio Montenegro estava lá, quis carregar também o andor, mas as quatro pontas já estavam ocupadas.
Chamou o padre:
– Reverendo, eu queria pelo menos que o senhor deixasse eu ir perto da banda de música. Longe do poder é que não posso ficar.
11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Leonardo Alves, Márcio Murilo, Fernando Caldeira, Gutemberg Cabral, Marco Antonio Gouveia de Morais, Fernando Pires, Antonio Giovani, Aldo Araujo, Aldo Lopes, Bruno Pereira, Wellington Farias, Messias Pedrosa, Juliana Lima, Pedro Macedo, João do Bar, Alysson Filgueiras, Adalberto Targino, Flávio Satyro, Zeca Porto, Padre Albeni, Rochinha e Junior Duarte.
12 – Gutemberg Cardoso apresentava o Correio Debate no tempo dos Meninos do Sertão, quando um ouvinte de Itabaiana entrou no ar e fez a denúncia:
– Olhe, seu repórter, a coisa anda tão feia por aqui que eu garanto: Se continuar assim, vai ficar do mesmo jeito.”