PP/PB: Partido “Progressista”. Seria cômico se não fosse trágico. O lugar de Daniela Ribeiro é junto das novas e velhas oligarquias!

Por: Aldo Ribeiro

Não custa nada reavivar a memória do leitor. Aguinaldo Ribeiro, Daniela Ribeiro, Lucas Ribeiro, Enivaldo Ribeiro e Virgínia Velloso. Respectivamente Dep. Federal, Dep. Estadual, Vereador, Vice-Prefeito de Campina Grande e Superindente da Funasa.

Luciano Cartaxo, Lucélio Cartaxo e Maísa Cartaxo. Respectivamente Prefeito de João Pessoa, irmão gêmeo do prefeito/candidato ao Governo do Estado e esposa do prefeito, provável suplente de senador de uma das vagas da majoritária do chapão familiar.

Romero Rodrigues, Micheline Rodrigues, Cássio Rodrigues da Cunha Lima. Respectivamente Prefeito de Campina Grande, esposa/primeira-dama do prefeito e por último e não menos importante, Senador da República, candidato à reeleição.

Em que dado momento chegamos à linha tênue da fronteira entre a legalidade e a imoralidade? Ser político é exercer na sua plenitude a cidadania pela coletividade, ou um negócio rentável e duradouro para poucos?

É fundamental percebermos a bizarrice que  está sendo acordada. Três famílias, sendo duas delas velhas oligarquias da Paraíba, que se aparelharam na política e há décadas a tornaram meio de sobrevivência. E, dado os passos dados até aqui, uma pretensa nova oligarquia, que coloca as asinhas de fora, afim de não menos do que se manter no poder.

O interesse público no chapão familiar que se aproxima de sua oficialização, fica em segundo plano. Ninguém pensa em política pública de verdade. Trata-se de sobrevivência e manutenção de poder. O “projeto” é o seguinte: os prefeitos continuam prefeitos até 2020 e colocam seus parentes no Governo do Estado, de modo que fiquem no poder no mínimo até 2022. Cássio Rodrigues, que corre o sério risco de não ser reeleito, entende nesse momento, ter mais chances na senatória. Ainda assim, tem seu filho Pedro com boas chances de reeleição.

E os Ribeiro? Bom, os Ribeiros é uma caso à parte, né? Daniela vai se arriscar na majoritária, mas não é boba. Vai colocar seu filho pra buscar uma vaga na Assembleia Legislativa.

Percebem como funciona a engrenagem? Como o eleitor não passa de mero instrumento de perpetuação de poder?

Engana-se redondamente quem pensa que o povo não está enxergando o que se passa em sua volta. As eleições desse ano acontecerão numa conjuntura totalmente diferente das outras. Poderio econômico e coligações oportunistas não serão suficientes.

Novos atores, velhas práticas.

 

 

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