Prefeito de Alhandra exonera todos os cargos comissionados e decreta cortes de gratificações e despesas públicas no município

Dois meses após ser reeleito, o prefeito de Alhandra, Marcelo Rodrigues (MDB), publicou um decreto nesta semana que promove uma série de medidas para conter despesas públicas no município.

Entre as ações determinadas, destaca-se a exoneração de todos os ocupantes de cargos comissionados e a suspensão de benefícios como horas extras, gratificações e contratações temporárias.

As medidas, que visam o contingenciamento de gastos, foram estabelecidas no contexto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) e da Lei Municipal nº 714/2023, conforme detalhado no decreto. O mais estranho é que o prefeito fez sua campanha afirmando que o município vivia em um mar de flores e dois meses depois se estabelece o caos.

Principais pontos do decreto

O decreto institui:

  1. Exoneração de cargos comissionados: Todos os ocupantes de funções de livre nomeação foram desligados de seus cargos. Nomeações para esses cargos também estão suspensas durante a vigência do decreto.
  2. Criação do Grupo de Controle de Despesas (GCD): Composto por representantes das Secretarias de Administração, Finanças e Planejamento, e da Controladoria Geral, o grupo será responsável por avaliar e priorizar as despesas do município.
  3. Suspensão de benefícios e vantagens: • Horas extras; • Dobras de carga horária; • Gratificações por atividades especiais ou desempenho; • Concessão de férias, diárias, hospedagens e passagens; • Outras vantagens discricionárias.
  4. Sanções administrativas: Despesas realizadas fora das diretrizes do decreto serão consideradas irregulares, sujeitando os responsáveis a punições administrativas.

Avaliação de desempenho suspensa

O decreto também suspende, por 90 dias, os efeitos de outro decreto que regulamentava a avaliação de desempenho individual para pagamento de gratificações específicas, como a Gratificação de Desempenho de Atividades (GDA).

Motivação e impactos

De acordo com a Prefeitura, as medidas são necessárias para equilibrar as contas públicas, diante do aumento de despesas e das limitações orçamentárias. O objetivo é assegurar o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, evitando sanções futuras ao município.

Por outro lado, o decreto deve gerar impactos diretos no funcionamento da administração municipal e no cotidiano de servidores. A gestão ainda não divulgou como será conduzida a reorganização das atividades após as exonerações.

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