O ex-deputado Roberto Jefferson foi indiciado pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio contra integrantes da corporação. De acordo com informações obtidas pelo R7, o indiciamento, que ocorreu nesta segunda-feira (24), é referente aos dois agentes da PF feridos durante cumprimento de mandado de prisão e a outros dois que não foram atingidos, mas estavam no local na hora em que ele disparou tiros de fuzil contra a corporação.
O ataque ocorreu na residência do ex-parlamentar, localizada em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. O ex-deputado reagiu a uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele já estava em prisão domiciliar por ameaçar e realizar ataques pelas redes sociais contra a Corte e seus ministros.
No entanto, mesmo proibido de usar a internet, de manter contatos com outros investigados e de sair de casa, ele proferiu ataques contra a ministra Cármen Lúcia, em razão do voto dela em uma ação da Corte que vedou, temporariamente, o lançamento de um documentário da produtora Brasil Paralelo sobre o ataque contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha de 2018.
Às 16 horas desta segunda, Roberto Jefferson passa por audiência de custódia conduzida pelo juiz Airton Vieira, auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. O juiz não avalia a soltura, mas apenas se as condições da detenção ocorreram de acordo com o que prevê a legislação, e, por conta disso, a prisão deve ser mantida. Ele está preso no Presídio de Benfica, na zona norte do Rio.
VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL