O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) deve ser o candidato a vice-presidente do Senado, cargo que já ocupa, na chapa à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Embora integrantes de outros partidos também pleiteiam o espaço, a tendência, segundo aliados, é que o MDB mantenha a indicação à primeira vice-presidência do Senado.
A eleição interna à Mesa Diretora do Senado está prevista para 1º de fevereiro. Quem vencer a corrida pela presidência da Casa ocupará o cargo até fevereiro de 2025.
Aliados de Pacheco calculam que ele tem, no momento, entre 55 e 60 votos dos senadores pela sua reeleição à presidência da Casa. É preciso ao menos 41 votos favoráveis para ser eleito como presidente do Senado. Eles consideram que o cálculo é difícil de se estimar com exatidão por se tratar de uma votação secreta – apesar de ser uma votação nominal, os posicionamentos de cada senador não serão divulgados.
Os maiores partidos que apoiam a reeleição de Pacheco são PSD, ao qual é filiado, MDB e PT. O União Brasil, do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (AP), também deve apoiar a candidatura de Pacheco.
O senador emedebista Renan Calheiros, ex-presidente do Senado, disse em entrevista recente que a coalização formada pelas siglas MDB, PSD e União Brasil aguarda o PT para fechar questão e garantir apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD) na disputa pela presidência do Senado Federal.
“Estamos mais ou menos arrumados em torno do Rodrigo. Vamos arrumar o bloco e há uma tendência muito grande da entrada do PT e de setores partidários que estão mais próximos do PT. Isso é o primeiro passo para a reeleição dele”, disse o senador alagoano.
O PT poderá ficar com a primeira-secretaria: uma espécie de zeladoria do Senado, responsável pela administração geral da Casa, e, portanto, com muito poder nos cargos internos do Senado.
Calheiros disse que o grupo está satisfeito com o espaço alcançado no governo e que há propensão grande de “materializar” a participação com grande margem em todos os partidos do grupo. “O MDB está satisfeito, como os outros partidos da coalizão também estão, PSD, e União Brasil. Agora você vai poder equalizar a coalizão, a participação de cada um, especificamente em cada votação”, afirmou.
Com isso, ainda de acordo com Calheiros, o senador paraibano Veneziano Vital permaneceria compondo a chapa que disputará a reeleição em torno do nome do político mineiro.
Até o momento, o principal adversário de Pacheco é o ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Jair Bolsonaro (PL) e senador eleito, Rogério Marinho (PL-RN). Aliados de Marinho contabilizam ao menos 35 votos para ele, que ainda vai tomar posse, e esperam chegar a 44 votos, pelo menos.