Rodrigo Pacheco não tem dúvida de que a volta das coligações nas eleições proporcionais será rejeitada no Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que vai analisar a volta das coligações partidárias um “retrocesso” e que o projeto de reforma eleitoral aprovado pela Câmara dos Deputados em primeira votação deve ser rejeitado pelo Senado.

A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) prevê a volta das coligações partidárias para as eleições de 2022. A aprovação ainda precisa ser confirmada pela Câmara, o que deve ocorrer na semana que vem, antes de a proposta seguir para o Senado.

Pacheco diz entender que os senadores manterão as regras da reforma polícia aprovada em 2017, que determinou, entre outras coisas, o fim das coligações partidárias para eleições proporcionais (deputados e vereadores) – medida em vigor desde o ano passado.

“Eu mantenho minha posição pessoal. Eu considero, sim, que é um retrocesso. Nós fizemos uma opção inteligente em 2017, e um dos itens é justamente o fim das coligações e, com a cláusula de desempenho, fará com que nós tenhamos menos partidos políticos e uma melhor representatividade na política”, afirmou na quinta-feira.

Na aprovação do projeto em primeira votação pela Câmara, na quarta-feira (11), os deputados rejeitaram a adoção do voto majoritário para a escolha de deputados federais, o chamado “distritão”. Parlamentares argumentam que o novo sistema alteraria radicalmente as eleições, com potencial de tirar as chances de candidatos novatos e menos relevantes no cenário político.

Em relação ao sistema de coligação entre partidos, a PEC prevê autonomia a estes para que decidam a melhor forma de se unirem, tanto em eleições proporcionais quanto para eleições majoritárias. A votação em segundo turno deve ocorrer na terça-feira (17).

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