VÁ EM PAZ, EDUARDO! ATÉ UM DIA, COMPANHEIRO!

EDMILSON LUCENA

Foi muito difícil receber a notícia da morte tão prematura do amigo Eduardo Carneiro. A gente tenta e não quer acreditar. Na verdade, a gente deseja crer muito mais do que a realidade nos impõe. Durante todo o período de internação de Dudu, estávamos lá na Câmara de João Pessoa, ou em casa torcendo, rezando. A cada dia aumentava a nossa agonia e a verdade dos fatos se tornava mais aberta, dilacerante.

Hoje mesmo, dia de sua morte, rezei por ele e por sua família, mas eu também pensei muito que o Brasil vem batendo o triste recorde de mortes por Covid. Quantos corações dilacerados como os nossos, quantas famílias arrasadas? Eu tento achar fé, positividade, mas talvez seja a hora de agir diferente. E não é porque sentimos na pele, mas sim porque este vírus é real sim, ele mata e mata de uma forma que nunca ousamos imaginar. A máscara é importante, sim, o isolamento é fundamental e a vacina é nosso desejo.

Que os egocêntricos e negacionistas acreditem de uma vez por todas que não é sobre eles, é sobre todos nós. Vá em paz, Eduardo! Até um dia, companheiro!

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