Os vereadores Humberto Pontes (Avante), Milanez Neto (PTB) e Lucas de Brito (PV) comemoraram o aumento salarial de 5,5% para a Guarda Civil Municipal e demonstraram preocupação com a paralisação das Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros pela falta de acordo com o Governo do Estado na reivindicação por reajuste salarial. Os parlamentares usaram a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão desta quarta-feira (19).
Na sessão de terça-feira (18), guardas municipais estiveram nas galerias da Casa para cobrar a intermediação da CMJP para o atendimento a reivindicações de valorização da categoria junto à Gestão Municipal. Ainda na tarde da terça-feira, foi anunciado a concessão de aumento salarial de 5,5% e a formação de uma comissão para elaborar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR) da Guarda Municipal.
O líder da bancada de situação na Casa, vereador Milanez Neto, destacou a atuação do grupo para a conquista da Guarda Municipal e os avanços da categoria na atual gestão. “É com grande satisfação que nós pudemos construir, mais uma vez, uma pauta positiva para a Guarda Municipal. Foi essa gestão que conseguiu fazer a categoria ter a confiança da sociedade para andar armada, fazer curso para mais de 120 guardas e mais de 60 estarem armados ajudando na segurança pública do Município. Foi essa gestão que convocou mais de 300 novos guardas, renovou a frota de veículos e que deu aumento em 2014, 2015, 2017 e, em 2020, deu aumento duas vezes”, elencou Milanez Neto, referindo-se ao aumento 5,5% dado a todos os servidores municipais, mais 5,5% direcionado à categoria.
Para Humberto Pontes, o papel da Câmara foi fundamental para conseguir um acordo que beneficiasse as partes. “Os guardas precisam que esta Casa se una e possamos junto ao Poder Executivo dialogar pela valorização da categoria, como fez o líder Milanez Neto em nome dos vereadores da base. Não ganhamos tudo, mas iniciamos uma grande vitória, inclusive para os servidores inativos”, comemorou o vereador, enfatizando que o reajuste abrange os servidores aposentados.
“A farda azul que tanto nos orgulha ontem alcançou mais uma conquista. Fico feliz em ter contribuído para mais esse momento” afirmou Lucas de Brito lembrando que também atuou pela contratação dos 300 guardas municipais aprovados em concurso público.
O vereador Marcos Henriques (PT) parabenizou a Prefeitura da Capital, mas, principalmente a categoria, que conseguiu se articular e se mobilizar para reivindicar as pautas. O vereador Leo Bezerra (PSB) cobrou ainda a elaboração do PCCR da categoria.
Corpo de Bombeiros e Polícias Civil e Militar
O Corpo de Bombeiros e as Polícias Civil e Militar desde dia 5 de fevereiro deflagraram “greve branca” pela falta de acordo com o Governo do Estado sobre pedido de reajuste salarial e, nesta quarta-feira (19), resolveram paralisar as atividades por 12h. Os parlamentares demonstraram preocupação pela paralisação abarcar parte do horário no qual o maior bloco de arrasto pré-carnavalesco ganha as ruas de João Pessoa, o Muriçocas do Miramar.
“Hoje à noite corremos um grande risco. As polícias cruzam os braços de meio dia até meia noite e os cidadãos têm medo de brincar um carnaval tão bonito. Eles param por que o Governo não os valorizam e sequer dá resposta às reivindicações”, afirmou Humberto Pontes.
Os vereadores Humberto Pontes e Milanez Neto cobraram dos vereadores que apoiam o governador João Azevedo (Cidadania) na Casa que intercedam junto a ele na resolutividade da situação. “Cadê essa bancada para construir o aumento dos policiais civis e militares? Para defender de forma clara e ajudar na pauta dos policiais?”, cobrou Milanez Neto.
Bruno Farias e Leo Bezerra destacaram apoio direcionado às manifestações das polícias por melhorias salariais. “Somo-me às reivindicações. As forças de segurança pública, como a Guarda Municipal, Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros devem ser melhor remuneradas. Assim como me indignei pelos guardas terem o pior salário da região metropolitana, cobro melhor remuneração para as polícias”, enfatizou Bruno Farias, ressaltando que não há constrangimento em cobrar do governador, que é do seu partido.