O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), disse em entrevista, nesta quarta- feira (9), que a terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverá ser lançada na próxima sexta-feira (11), poderá trazer mais de R$ 2 bilhões em recursos para o estado. Segundo o gestor, embora doze pleitos tenham sido enviados ao Governo Lula, apenas três são prioridades.
“Há uma expectativa muito grande que esse novo PAC possa trazer o volume de investimentos para que a gente tenha condições de promover, acima de tudo, geração de emprego e renda e total os estados numa infraestrutura cada vez melhor. Na Paraíba, nós apresentamos doze pleitos mesmo sendo apenas três prioridades, mas nós definimos e conseguimos apresentar doze pleitos e eu espero que verdadeiramente os projetos que nós apresentamos sejam acolhidos pelo governo federal através do ministro Rui Costa, através da ministra Miriam Belchior, que está cuidando exatamente da montagem do novo PAC, e que na sexta-feira a Paraíba seja agraciada com o volume de recursos que seja importante. Nós pedimos em torno de R$ 2,7 bilhões de reais e eu espero que o volume de recursos chegue próximo desse valor”.
Com o desafio de focar em obras de infraestrutura que promovam a sustentabilidade, o Novo PAC deve prever investimentos públicos federais de R$ 240 bilhões para os próximos quatro anos em áreas como transportes, energia, infraestrutura urbana, inclusão digital, infraestrutura social inclusiva e água para todos. Outras áreas como defesa, educação, ciência e tecnologia também devem estar incluídas no novo programa. A implementação do PAC deverá triplicar os investimentos públicos federais em infraestrutura nos próximos anos.
João Azevêdo ainda falou sobre as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que vêm repercutindo nacionalmente após o gestor paraibano, que é presidente do Consórcio Nordeste, emitir uma nota demonstrando preocupação com o movimento. Azevêdo colocou que não houve intenção de separatismo na criação do Consórcio Nordeste. A nota repercutiu em todo o país.
Para o governador da Paraíba, a situação foi superada “dando a resposta à altura como nós demos”. “Colocamos o nosso posicionamento acima de tudo com o cuidado de não estimular mais uma vez a disputa. Não nos interessa essa disputa. Nós queremos e cremos verdadeiramente que a única saída pra esse país é a união. A única saída pra esse país é ter todas as regiões desenvolvendo com o mesmo ritmo, com a mesma força. Inclusive eu estimulei, disse a Eduardo, governador do Rio Grande do Sul, que ele realmente deveria implantar o Consórcio Sul e Sudeste. Mas jamais para que no consórcio tente ser protagonista na frente de outros consórcios ou ainda pregando divisionismos de uma região contra a outra. Não foi isso que fizemos e estamos avançando com certeza no novo momento do Brasil”, concluiu Azevêdo.
