Em uma entrevista concedida na manhã desta segunda-feira, 30, ao programa Jornal da Cultura, da Rádio Cultura, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB), criticou duramente seu colega de partido e antecessor, Gervásio Maia (PSB). O Jornal da Cultura é apresentado por Rudney Araújo e Edcarlo Monteiro e com participação de Martins Jr.
Ao historiar a chegada de Ricardo Coutinho (PSB) ao Governo citou que a intenção era que Gervásio fosse lançado candidato à sucessão de Ricardo: “No início, o candidato de Ricardo era Gervásio, não era João. Mas, ele hesitou, como sempre hesita. Tem medo de dificuldades, de subir ladeira. É próprio de quem nasce em berço de ouro ter medo de se arriscar. Prefere ficar na zona de conforto e aí surgiu João Azevedo como candidato de Ricardo porque conhece como ninguém a Paraíba e o projeto do PSB”.
O presidente foi além: “Não é verdade que Cida Ramos e Estela Bezerra tenham sido responsáveis pelo rompimento de João Azevedo e Ricardo Coutinho. Quem mais fez fuxico foi Gervásio Maia porque queria espaço no Governo porque perdeu espaço na Assembleia e ficou jogando o tempo todo no ouvido de Ricardo. Não vou dizer que foi 100%, mas foi muito grande a participação de Gervásio nesse conflito. Ricardo tomou as dores e começaram os arranhões”.
Para Galdino, teria partido de Gervásio a motivação para a crise que se estabeleceu no PSB: “Houve uma briga por espaços no PSB e as pessoas que se sentiram prejudicadas começaram a colocar coisas na cabeça do ex-governador e ele começou a pressionar o governador João Azevedo. A coisa foi se avolumando e a gota de água foi a destituição do diretório do PSB. Ricardo Coutinho não precisaria ter usado esse caminho. Se ele pedisse apoio, todos nós daríamos. Mas, ele usou um caminho transversal, usando uma lista que ninguém sabe nem que existe para destituir Edvaldo Rosas de maneira humilhante. Isso nos chocou e eu não concordo com isso. Sou transparente e respondo tudo que me perguntam. E eu não tenho compromisso com o erro dos outros. A maneira que ele encontrou para ser presidente está errada. Acho que a preço de hoje não há como corrigir e mais dia menos dia, Ricardo vai para um lado e João vai para o outro”.
Sem meias palavras, o presidente da Assembleia afirmou que ainda não deixou o PSB porque não tem amparo jurídico: “Eu sairia ontem. Eu só posso sair na janela de março de 2022, mas se o PSB me desse a honra de ser expulso, eu sairia. É muito difícil conviver com muita fofoca, intriga, fuxico… e eu não gosto disso. Só vou para um partido para ser presidente e recebi convites do Avante, do PTB, do PRB e do Patriotas”.
Em sua entrevista, Adriano disse que João Azevedo enfrenta fogo amigo e que haveria auxiliares ideologicamente contrários ao governador que estariam sabotando a própria gestão. Até o fim de novembro teremos uma posição política do atual e do ex-governador