O decreto editado pelo Governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) criando requisições administrativas de unidades de saúde e leitos, além de equipamentos, insumos, medicamentos e outros produtos de saúde necessários ao enfrentamento do surto do coronavírus (COVID-19) na Paraíba foi elogiado pelo presidente da Associação Paraibana de Hospitais, Francisco José Santiago de Brito Pereira. Em entrevista ao ParlamentoPB, ele disse que a medida “botou ordem na casa”.
Já nesta terça-feira, 31, uma operação conjunta da Secretaria de Saúde do Estado e Ministério Público da Paraíba, com o apoio da Polícia, apreendeu equipamentos de proteção individual (EPIs), que foram recolhidos pelo governo do Estado em três empresas de João Pessoa e uma em Campina Grande responsáveis pelo fornecimento do material hospitalar.
De acordo com o decreto, o Estado pagará pelos itens o preço praticado pelo mercado.
“O governador está certo em utilizar medidas para proteger a população. Temos tido dificuldade de comprar EPIs porque eles estão escassos e quando aparecem, cobram preços exorbitantes. Nós pagávamos pelas máscaras R$ 0,50. Agora, são vendidas por R$ 4,50. Nós que somos empresários do setor estamos sofrendo porque os pacientes de consultas e exames sumiram. Na rede privada, somente dois hospitais receberam pacientes com suspeita de coronavírus, mas os atendimentos foram muito reduzidos em todos. E além disso, ainda estamos pagando mais caro pelos produtos que precisamos adquirir. Com esse decreto, o governador botou ordem na casa”, resumiu.
Francisco alertou ainda que pacientes cardíacos e diabéticos, por exemplo, não podem deixar o tratamento de lado, apesar do risco de contágio pelo coronavírus. “As estatísticas mostram que o cardiopata tem 30 vezes mais chances de morrer de problemas no coração do que de coronavírus”, resumiu.