Francischini fez uma live pelo Facebook em que alegou fraude nas urnas eletrônicas. As alegações não se confirmaram depois. Fernando Francischini já foi deputado federal e estava nesse cargo na época da live. O parlamentar foi eleito para a Assembleia Legislativa do Paraná com 427 mil votos, um recorde para a região, e a votação obtida por ele foi suficiente para eleger mais sete deputados estaduais.
O julgamento do caso começou no dia 10 deste mês. Os ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Luís Felipe Salomão, Edson Fachin, Mauro Luiz Campbell Marques e Sérgio Silveira Banhos votaram pela cassação. “Está em jogo mais do que o futuro de um mandato, mas o futuro das eleições e da democracia”, disse Fachin.
O ministro Carlos Horbach votou contra a cassação por entender que a informação difundida pelo parlamentar não teve impacto no processo eleitoral. “A conduta não foi capaz de abalar a normalidade das eleições. A transmissão ocorreu 22 minutos para o término das eleições”, afirmou.
Francischini é delegado da Polícia Federal e, de acordo com o ministro Moraes, usou dessa condição para legitimar o discurso falso. “Na qualidade de delegado da Polícia Federal, ele pretendeu manipular a vontade dos eleitores. Isso está claro na transcrição. Ele usou da sua condição, não só de deputado, mas de policial, atestando nessa condição, uma notícia fraudulenta”, disse