O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou ato da Operação Lava-Jato que determinou buscas e apreensões em endereços do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono do Grupo Caoa. A informação foi repassada pelo site Valor Econômico.
Andrade foi alvo da Polícia Federal em agosto do ano passado, na 64ª fase da operação, depois que planilhas da Odebrecht indicaram sua residência como um dos pontos de encontro para entrega de propina.
De acordo com a publicação, a decisão que autorizou o mandado de busca foi assinada pela juíza Gabriela Hardt, que substituiu o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal de Curitiba, com base na delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci.
Para Gilmar, a magistrada trouxe “fundamentação bastante precária” e baseou sua decisão em uma “fraca suposição” de que um secretário de Andrade teria recebido valores em seu nome, sete anos atrás.
“Cuida-se, em verdade, da suposição de uma outra suposição, que é vaga, unilateral e cujas razões parecem ainda obscuras”, escreveu o ministro.
Com o despacho, as provas coletadas a partir das buscas e apreensões que digam respeito ao empresário não poderão ser utilizadas para fins de investigação.
Redação com Valor Econômico