O ministro da Defesa José Múcio apresentou um balanço do trabalho das Forças Armadas aos parlamentares da Comissão das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Segundo o titular da pasta, o setor das forças militares sofre de uma defasagem no orçamento governamental. “Todo equipamento da defesa é muito caro, mas é fundamental para um país com o tamanho do Brasil, ter uma defesa definitiva e respeitada”, pontuou. Além disso, o ministro comentou da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que restringe a participação de integrantes das Forças Armadas na política.
O titular da pasta estava acompanhado dos comantes das três forças: Almirante Marcos Sampaio, da Marinha; General Tomás Miguel Paiva, do Exército; e Tenente-Brigadeiro Damasceno, da Força Aérea Brasileira. Segundo Múcio, o projeto em tramitação no Congresso Nacional é uma maneira de permitir a estruturação da carreira militar baseada nos serviços e não no “fervor das disputas políticas”. “Essa medida não tem como forma depreciar a carreira militar, pelo contrário, visa fortalecê-la como carreira de estado”, ressaltou.
Sobre o baixo orçamento, o ministro afirmou que tem conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conseguir mais investimentos na área. “É muito difícil em um país pobre como o nosso, com desempregados, com regiões carentes, pessoas vivendo com precariedade alimentar, você pedir dinheiro para a pasta da Defesa, onde nós precisamos de bastante dinheiro”, disse.