Mais de 60 usuários da Rede Municipal de Saúde foram beneficiados com a realização de exames de colonoscopias feitos durante o mutirão promovido pela Prefeitura de João Pessoa no Hospital Municipal Santa Isabel (HMSI). Durante os três dias do mutirão, finalizado nesta quarta-feira (16), passaram pelos consultórios para realização do exame de colonoscopia um total de 64 pacientes.
O foco principal do mutirão foi agilizar possíveis diagnósticos de câncer colorretal, conhecido como câncer de intestino, além de outras doenças intestinais. A colonoscopia é a melhor forma de detectar o câncer de intestino em estágios iniciais.
A ação, que integrou a campanha ‘Março Azul’, de prevenção ao câncer de intestino, contou com a participação de médicos, anestesistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pessoal de apoio.
Toda a logística para a realização do mutirão foi preparada cuidadosamente pelo Serviço de Residência Médica em Coloproctologia do Hospital Santa Isabel, coordenado pela médica Shirlane Frutuoso Malheiros, que destacou a importância e o sucesso do mutirão.
“Este mutirão beneficiou pacientes, detectando lesões pré-cancerígenas (pólipos) em vários deles, tendo sido retirados através do exame de colonoscopias, além de ter permitido diagnóstico e acompanhamento terapêutico de casos oncológicos”, disse a médica.
Durante os três dias do mutirão, que ocorreu no período de 14 a 16 de março no HMSI, foram beneficiados pacientes que já se encontravam na fila de espera da Regulação Municipal, cadastrados e com guias para realização do exame.
O mutirão contou com a parceria da Sociedade Brasileira de Endoscopia (Sobed/Regional Paraíba) e o apoio da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP).
Procedimentos inéditos – Nos dois dias que antecederam a ação, foi realizado um outro mutirão de ressecções de lesões colorretais, quando foram ressecadas duas lesões tumorais neoplásicas, de aspecto endoscópico benigno, com potencial de malignidade, que foram ressecadas de maneira minimamente invasiva com auxílio do uso da colonoscopia e instrumentais específicos.
Os procedimentos, coordenados pelo médico Frederico Campos, especialista na área de endoscopia, duraram 12 horas, sendo beneficiados quatro pacientes que tinham um alto risco de serem submetidos a ressecção do intestino, ou seja, de uma cirurgia de grande porte, caso os procedimentos não fossem realizados.
“A realização dessa ressecção minimamente invasiva dos tumores retais e colorretais evitou que fossem realizadas cirurgias de grande porte nesses pacientes. Alguns são submetidos, as vezes até a uma colostomia definitiva ou provisória, a depender da patologia. São procedimentos inéditos realizados no Estado e no município, porque foram lesões que mediam até 8cm que foram ressecadas por colonoscopia”, disse o médico Frederico Campos.