O governo de João Azevedo pode passar pela primeira greve geral unificada dos servidores da segurança pública. Na manhã desta sexta-feira (17), representantes do Fórum das Entidades das Polícias Civil e Militar da Paraíba, composto por 14 entidades das Polícias Militar, Civil e o Corpo de Bombeiros foram recebidos pela equipe econômica do Governo do Estado, porém não houve avaliação da proposta de subsídio e média salarial do Nordeste apresentada em dezembro de 2019. Insatisfeitos, os sindicalistas saíram da reunião anunciando que uma greve é possível.
Os representantes das 14 entidades das Polícias Militar, Civil e o Corpo de Bombeiros foram recebidos pela equipe técnica do Governo do Estado que, além de não avaliar a 2ª proposta de pagamento de subsídios entregue em dezembro de 2019, propuseram um reajuste de 5% para todos os servidores, o que não foi aceito pelos sindicalistas, pois a cobrança da previdência retirará 3% do proposto aumento.
Nas primeiras semanas de janeiro de 2020, após uma reunião de avaliação, os representantes do Fórum decidiram por uma Assembleia Geral Unificada para dia 5 de fevereiro já com a intenção de esperar a resposta do Governo do Estado. Como a proposta não foi avaliada pela equipe de João Azevedo, as 14 entidades já estudam a possibilidade de Greve Geral.
“Marcamos uma Assembleia Geral para fevereiro porque acreditamos no diálogo. Não é possível que depois de tanto fazermos pela sociedade paraibana, com 8 anos consecutivos de redução de criminalidade, o Governo não faça o que os outros estados do Nordeste já fizeram, que é pagar dignamente o policial militar e civil. Estamos pedindo apenas uma média salarial fracionada até 2022”, afirma Steferson Nogueira, presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel).
As entidades discutem o subsídio da categoria, previsto na Constituição Federal. O Fórum foi criado em maio de 2019 para unificar os pleitos. Após a negativa, por parte do Governo do Estado, da 1ª proposta enviada pelo Fórum, uma 2ª proposta foi redigida em dezembro de 2019 e também continua sem a devida avaliação do Governo. Os servidores alegam receber o pior salário do Nordeste, enquanto a segurança da Paraíba apresenta os melhores resultados do Brasil.