Doze partidos que fazem parte da base de apoio de João Azevêdo emitiram nota de apoio ao governador e à sua vice, Lígia Feliciano, depois que o deputado Damião Feliciano denunciou o suposto golpe que está em curso na Assembleia Legislativa, com o pedido de impeachment de propositura do deputado Wallber Virgolino e aceito pelo presidente da Casa, Adriano Galdino.
Para Damião, Galdino tem interesse direto no afastamento de João e Ligia, vez que é o primeiro da linha sucessória e assumiria o governo diante da dupla vacância.
“Ele que é o responsável, seria o grande beneficiado. O beneficiado é Adriano Galdino. Se ele der provimento a esse processo, é ele que assume o Governo do Estado. Aí seria algo que a Paraíba nunca viu, que os estados do Brasil nunca viram”, disse Damião ao programa Hora H, da Rede Mais.
Para os partidos da base do governador, a ação da bancada de oposição na Assembleia tem por objetivo desestabilizar o governo no momento que vive melhor fase da administração estadual e perde força no momento em que não aponta, na tese apresentada, crimes de responsabilidade por parte tanto de João quando de Ligia.
A nota é assinada pelos representantes de PCdoB, Cidadania, DEM, Avante, PT, PTB, Republicanos, Rede, PL, Podemos, PMN e PDT
Confira, na íntegra:
NOTA DE SOLIDARIEDADE AO GOVERNADOR JOÃO AZEVÊDO E À VICE-GOVERNADORA LÍGIA FELICIANO
Os partidos abaixo relacionados, por meio de seus presidentes estaduais, vêm a público prestar a mais irrestrita solidariedade ao governador João Azevêdo e à vice-governadora Ligia Feliciano, pelas acusações infundadas e desrespeitosas contidas em um processo de impeachment dado entrada na Assembleia Legislativa do Estado.
Trata-se de uma peça jurídica nula de direito, que não aponta um único crime de responsabilidade aos dois gestores e muito menos qualquer ato irregular cometido no exercício do atual mandato do governador e da vice-governadora, como prevê, para estes casos, as Constituições Estadual e Nacional.
Trata-se, na verdade, de uma tentativa clara em procurar desestabilizar o Governo do Estado, justamente quando a Paraíba vive um dos seus melhores momentos administrativos, com uma gestão fiscal rigorosa, equilíbrio absoluto nas contas públicas reconhecido pelo Tesouro Nacional, pagamento em dia de seus funcionários e fornecedores e, ainda, permitindo que, ao contrário da grande maioria dos estados brasileiros e do próprio Governo Federal, conceda aumento salarial aos servidores públicos acima da inflação.
Todo esse ambiente proporciona atração de novos investimentos privados, além do próprio Governo realizando centenas de obras no estado que geram desenvolvimento com inclusão social distribuído por todas as regiões do território paraibano.
Diante disso, cabe questionar o seguinte: a quem interessa e porque interromper a normalidade democrática e gerar um clima de profunda instabilidade política e social no Estado da Paraíba?
Gregória Benário Lins e Silva
Presidente do PCdoB
Ronaldo Sérgio Guerra Dominoni
Presidente do CIDADANIA
Efraim de Araújo Morais
Presidente do DEM
Renato Costa Feliciano
Presidente do PDT
Lídia de Moura Silva Cronemberger
Presidente do PMN
Genival Matias de Oliveira Filho
Presidente do AVANTE
Joseildo Alves dos Santos
Presidente do PODEMOS
José Wilson Santiago
Presidente do PTB
Hugo Motta Wanderley da Nóbrega
Presidente do REPUBLICANOS
Jackson Azevedo de Macedo
Presidente do PT
José Wellington Roberto
Presidente do PL
Gérson Batista de Vasconcelos
Coordenador da REDE
Paraiba, 8 de fevereiro de 2020