Em uma entrevista concedida à Rádio 98 FM de Campina Grande, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) afirmou que se as eleições fossem hoje ele não abriria mão de disputar o Senado Federal, o que fez ano passado para apoiar João Azevedo (PSB) que foi eleito governador da Paraíba. Mas, a declaração não foi proferida em tom de arrependimento. Na verdade, Ricardo alegou que o momento político nacional atual exigiria dele uma atitude diferente:
“Cada momento é um momento. Se fossem hoje as eleições, eu iria disputar. Olhando o cenário nacional e vendo as coisas acontecendo, vejo a necessidade de potencializar a discussão política no Senado. Se fosse hoje, mas não é mais hoje, não é uma questão de arrependimento, mas naquele quadro eu disputaria o Senado e lutaria muito para representar nosso estado”.
Ricardo, aliás, relutou muito em falar sobre outro assunto que não fosse o SOS Transposição, ato que será realizado no domingo, 1º de setembro, em Monteiro, contra a suspensão do bombeamento das águas do São Francisco. Para ele, a medida foi uma retaliação política do presidente Jair Bolsonaro ao Nordeste. O presidente da Fundação João Mangabeira elogiou o ministro do Desenvolvimento Regional, mas disse que ele executa ordens do presidente da República: “O ministro Gustavo Canuto é um técnico muito competente, mas ele está em um governo que todo dia produz bizarrices e se esquece de governar”.
João – Ricardo afirmou que João Azevedo não o tem chamado para conversar, mas todas as vezes que foi convidado, compareceu. Em seguida, acrescentou que entende perfeitamente as demandas do chefe do executivo estadual porque já passou pelo cargo.
Ao ser questionado sobre uma análise dos primeiros meses do Governo Azevedo, ele disse que preferia não avaliar. “Prefiro não fazer essa análise neste momento. Acho que todo governo tem coisas boas e coisas ruins. O meu, inclusive. Esse é um momento de colocar todas as energias nas lutas da população. É isso que interessa”, desconversou.