A reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), prevê que se até o final de setembro o Governo Federal não suspender a restrição de recursos na instituição, os quatro campi devem parar a partir de outubro. Para a reitora da UFPB Margareth Diniz, é preciso engrossar o coro de reitores que estão indo a Brasília pressionar o governo federal para reverter a medida.
Segundo ela, esse corte é inviável, uma vez que os recursos de custeios são os que viabilizam as atividades da universidade no seu dia a dia. “Nós pagamos energia, água, telefone, terceirização, motoristas, vigilantes, limpeza, recepção, portaria, tudo com esse recurso, de forma que isso vai fazer falta uma hora”, disse.
Se até o final de setembro Bolsonaro não suspender a restrição de recursos na instituição, os quatro campi devem parar a partir de outubro. Com isso, cerca de 35 mil estudantes, dos mais de 120 cursos da universidade, serão prejudicados.
De acordo com a pró-reitora de graduação, Ariane Sá, o forte risco de suspensão das atividades existe devido à falta de receita para administrar a UFPB. “Os 135 mil alunos com matrículas ativas hoje na UFPB, em todos os quatro campi, serão prejudicados à medida que atividades básicas deverão ser paralisadas, caso serviços essenciais como água, energia, manutenção deixem de funcionar pela falta de verbas para o custeio”, declarou.
E sem serviços de limpeza, energia e material de expediente não é possível utilizar salas de aula, banheiros, biblioteca nem laboratórios. Mas como um centro de ensino superior como a UFPB chegou a essa situação? As respostas podem ser encontradas ao fazermos uma retrospectiva ao mês de abril, quando o Governo Federal bloqueou 30% dos recursos da área de Educação em todo o país, sob a alegação de redução no orçamento da pasta.