O Governo da Paraíba decidiu rescindir o contrato com a Cruz Vermelha gaúcha, responsável pela gestão do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. A medida será anunciada às 17 horas pelo secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, em uma entrevista coletiva no Trauma de João Pessoa. Antes disso, o governador João Azevedo manteve uma reunião com os funcionários do hospital para anunciar a mudança e a motivação para implementá-la.
“Ninguém deixará de receber um único centavo nas suas recisões com a empresa anterior. Nosso compromisso é de honrar absolutamente tudo no que se refere a salário, fornecedor e à assistência à população”, disse João Azevedo na conversa com os servidores.
A escolha do Governo do Estado recairá sobre o Instituto Acqua ou a Santa Casa de Misericórdia de Birigui, organizações com sede em São Paulo. O contrato terá caráter emergencial com duração de seis meses.
Marnio Solermann, do Sindicato dos médicos, se colocou como parceiro nessa transição de modo que tudo ocorra perfeitamente, especialmente para a manutenção da assistência.
Os funcionários que participaram da reunião com o governador agradeceram a João Azevedo pelo ato de comunicar a mudança e tranquiliza-los. Todas as categorias se comprometeram a manter o serviço e se colocaram como parceiros.
A Cruz Vermelha está no centro da investigação deflagrada pela Operação Calvário, que gerou a prisão da ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias e da servidora Maria Laura Carneiro. Livânia foi posta em liberdade depois de firmar um termo de colaboração premiada. Além disso, o presidente da organização, Daniel Gomes, está preso no Rio de Janeiro.