Uma semana após a divulgação da avaliação do governo pelo Instituto Opinião, em parceria com o Sistema Arapuan, o governador João Azevêdo (PSB) fez uma avaliação sobre o saldo da pesquisa. Ele destacou que pilota um “governo de continuidade”, reconheceu que começou sob forte “turbulência”, mas ressaltou que, pouco a pouco, conseguiu administrar dificuldades e mostrar “a que veio”.
“Para um governo de continuidade e que começou sob uma turbulência grande e aos poucos foi mostrando a que veio, esses números não nos permite relaxar, mas indica que fizemos uma boa caminhada inicial”, avaliou João.
Após os seis primeiros meses de administração, o estilo de gestão do socialista conseguiu a aprovação de 58,7% e 44,6% de ótimo e bom da população paraibana.
Quando falou em turbulência, João não citou, mas, infere-se, entre elas os efeitos da Operação Calvário, que investiga supostos desvios em contratos da Cruz Vermelha com o Estado, enfrentado logo no início de sua gestão. Ele determinou intervenção no Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, e, meses depois, afastou a organização social, e a substituiu pelo Instituto Acqua, com economia de R$ 3,7 milhões/mês.
Questionado sobre os 57% dos eleitores que apontam a saúde como a área a ser priorizada pelo governo, Azevêdo não enxerga os dados como crítica a pasta.
“Entretanto, é importante dissociar a reclamação com relação à Saúde em dois segmentos, que a pesquisa não identificou. Quando se pergunta sobre a saúde, o cidadão faz a crítica genérica, envolvendo Atenção básica, que é de responsabilidade municipal e dos Hospitais Regionais que são de responsabilidade estadual. Em que grau cada um determina a posição do cidadão é que a pesquisa não demonstra”, atenuou.