PORQUE HOJE É SÁBADO

1 – Começo as primeiras de hoje dando bom dia aos feireiros juramentados, aqueles que não abrem mão da feira livre, que gostam de comprar o tomate amolegando pra ver se está tinindo de bom, pechincham no preço da laranja, do quiabo, do maxixe, da santa banana e, claro, da carne que está pela hora da morte.

2 – E falando neles e deles, tenho que citar, se não todos, pelo menos os mais próximos como Sebastião Gerbase, Tadeu Florêncio, Emanuel Arruda, Bibiu Lucena, Luciano Arroz, Marçal de Batista e 1berto de Almeida.

3 – São feireiros e comedores de cuscuz com bode, com galinha, com costela, com língua, com guisado, com picado de porco e de bode, com carne assada e com ovo. E a maioria, como o que vos escreve, em absoluta abstinência da carne mijada.

4 – E com os últimos acontecimentos da nação brasileira – falo dos aumentos constantes nos preços da gasolina, do álcool e do diesel -, o time dos feireiros tende a aumentar. Ninguém aguenta mais a remarcação de preços nos supermercados. O jeito é enfrentar a feira livre, principalmente no fim do dia que é quando o preço baixa, os feirantes vendem por qualquer tostão para evitar a bóia.

5 – Para quem faz a feira no sábado, fica a dica do Bairro dos Estados, do Mercado Central, da Torre( hoje e amanhã) e no interior tem feira em Sapé, em Princesa e em Solânea. No domingo a grande pedida é Oitizeiro. Lá tem de comer, de beber e de criar. E há quem diga que o cabra também encontra por aquelas bandas revólver canela fina, pistola fogo tebei, também chamada de dois tiros e uma carreira e passarinhos de todos os tipos.

6 – Ficou famosa a briga no Campestre Clube, em março de 98, selando o rompimento do governador Zé Maranhão com o senador Ronaldo Cunha Lima. A primeira confusão começou por causa dos foguetões. É que foram estourados mais rojões para saudar o governador do que para o aniversariante do dia – o próprio Ronaldo.

Na hora do discurso, Cunha Lima constrangeu meio mundo. De dedo em riste, o senador desfiou um rosário de queixas e reclamações contra o comportamento político do governador, e, por pouco, uma festa de aniversário não termina em pancadaria.

O poeta C. Rodrigues, que estava lá, registrou o acontecimento com este verso:

No aniversário de Ronaldo

Houve muita confusão

Era todo mundo correndo

Com medo do foguetão

O poeta discursava

E quase que o dedo entrava

Na venta de Maranhão.

7 – Lembrando a todos os amigos que gostam de uma boa leitura que hoje tem lançamento de livro na Livraria do Luiz. Livro do bom homem, grande jurista e extraordinário escritor Desembargador Marcos Cavalcante. Eu iria com muita honra, mas estou ausente da cidade.

8 – Vicente Lins veio de São José de Piranhas fazer uns exames de saúde em João Pessoa. Acompanhado do sobrinho Rafael, visitou os laboratórios do centro da cidade, e, terminada a tarefa, sentou num dos bancos da Lagoa para descansar. Estava assim, descansando, quando avistou, nas proximidades do Maurilio de Almeida, uma galega extremamente oxigenada, que passava balançando a bolsinha vermelha. Cutucou o sobrinho e informou:

Rafael, meu filho, o sertão tá cheio dessas galegas falsificadas do Paraguai.
9 – Antônio Boca de Bacia, candidato a vereador em Cajazeiras, recebeu a visita de um eleitor, que, mesmo antes de dar bom dia, foi logo pedindo:

– Seu Antônio, me arranje um dinheirinho pra eu interá o leite dos menino!

Aí Antônio, sem pensar duas vezes, sugeriu:

– Intére com água!

10 – Se as cidades estão sob estado de calamidade, como e de onde surgiu essa dinheirama toda para pagar cachês milionários aos Safadões da vida?

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para José Carlos dos Anjos, Zé Nunes, Valter Souza, Rubens Nóbrega, Severino Ramalho Leite, Padre Albeni Galdino, Marco Antônio Gouveia de Morais, Zé da Lanchonete do Centro Administrativo, Abelardinho Jurema, Venâncio Viana de Medeiros Filho, Eduardo Videres, Johnson Abrantes, Zé Alan, Fred Menezes, Vavá da Luz, Geordie Filho e Aldo Lopes de Araújo.

12 – Chiquinho de Mariquinha se encontrou com o primo Luiz da Mariola em frente a rodoviária e começaram a conversar.

Foi quando Chiquinho se queixou:

– Cumpade Luiz, tô meio bombardeado. Comi uma linguiça ontem a noite e amanheci com o pé da barriga doendo que só a gota.

Luiz, também fazendo cara de dor, o interrompeu:

– Pois cumpade Chiquinho, comigo aconteceu ao contrário. Comi um pé de barriga ontem a noite e amanheci com a linguiça que num aguento.

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